16 de abr. de 2009

Da dificuldade de ler emails

Nem sei o motivo de estar postando sobre isso, a não ser o fato de eu ter começado um dia muito bom que foi deprimindo, e terminou em uma quarta-feira de cólica dentro de um ônibus com um motorista meio burro.

A questão, amores, é que muitas pessoas andam reclamando da quantidade de emails que recebem diariamente, de que não conseguem lê-los, que a maioria deles é inútil, incoerentes, ou só dizem respeito a quem enviou. Pessoas no trabalho reclamam, na faculdade, amigos e outras espécies humanas também.

No entanto, li uma coisa incrível na Nova do mês passado com a Paola Oliveira na capa sobre etiqueta de trabalho (que é uma revista muito interessante! Fiquei realmente surpresa com a forma que essas moças descrevem algumas variações de sexo oral. É bem detalhista, um primooooor da literatura). Uma das questões era se eu seria perdoada em não responder alguns emails da minha caixa de entrada, já que eu recebo uns 200. E eles disseram que não.
Achei muito boa a resposta, e percebi que sou realmente mal educada. Quando eu tinha catorze anos, pensando que eu vivo em um mundo digital, a quantidade de emails que recebia era tipo, um PowerPoint encaminhado por dia, ou uma corrente me prometendo amor, sexo e dinheiro. A medida que fui criando mais responsabilidades, passei a receber cerca de uns 20 por hora. Em várias contas de email diferentes.

Não estou dizendo que todas as pessoas merecem respostas. Pessoas escrotas, não merecem! Spams não merecem se não vierem com promoções incríveis... Mas, as demais pessoas precisam e devem ter respostas. Elas vão entender que você demore para responder, mas não precisam entender que VOCÊ acredita que tudo o que VOCÊ diz é importante, mas o que elas dizem é ridículo ou supérfluo. Então, se eu puder dar a minha contribuição de hoje para um mundo melhor, seria: não assuma mais responsabilidades do que possa assumir, para não precisar arcar com as consequências de cada uma delas. Ainda que seja na forma de 500 emails absurdos, é preciso aceitar que elas nunca vêm com limite de caracteres, ou com tudo sob controle.

Responsabilidade é fazer o melhor para que tudo dê certo e competência é a forma como se lida com situações que não estão sob controle. Como quase tudo.

Nossa, como estou guty hoje!

Informações rápidas :::::: Os americanos premiaram o bispo escroto de Recife e Olinda que excomungou a menina de 9 anos que provocou um aborto após ser estuprada por um filho da puta. Acho que foi depois de ler essa merda que comecei a ter cólica. Aja útero para aguentar tanta idiotice.


6 de abr. de 2009

Pra cima de moi!

No divã de Marta Suplício:

Hoje, eu gostaria de falar sobre “Ele Não Está Tão Afim de Você” – O Filme, que foi o que vi neste fim de semana, com mais duas outras amigas do Velho Oeste.

Eu ouvi uma história de que foi baseado em um livro lançado há pouco com o mesmo nome e que conta os motivos das mulheres verem sinais em um relacionamento, e lógico, verem tudo errado.

Eu saí de lá bem feliz, por sinal. Fui comer minha torta de limão e fiquei mais feliz ainda. Tem um casalzinho de amigos em que o cara ensina para a fofa que as mulheres veem uma porção de coisas absurdas e não enxergam a realidade. Depois, é a vez dela dar uma lição de moral no cara que se achava o dono da razão e diz que prefere ser assim meio cegueta, do que ter aquele excesso de frieza dele...

Ok, that’s right... Eu só cheguei ao meu momento de iluminação hoje.

Em ambos os casos, acho que o que foi dito pelos dois foi uma baboseira incrível.

Tanto o fofo cético, quanto a fofa tonta são batidos demais para serem levados a sério. Se o livro fala sobre isso, é uma tremenda idiotice.

Vamos pensar em uma coisinha:

Independente de sinais para o sim, ou para o não, ou para o “me deixe, sua louca”, ou “me consuma enquanto quente”... Quem vê SINAIS devia estar fazendo filme com o Mel Gibson. Quem adivinha coisas é pobre porque é burro. Quem interpreta coisas devia estar rotulando gente na Academia Brasileira de Letras.

Então, baby:

“Ele Não Está Tão Afim de Você” é tão ridículo quanto “ele está louco por você”. Se isso, não foi dito em primeira pessoa, vale mais esperar outro filme, com outro bofe (ou mina, a opção é sua) que talvez esteja disposto a dizer isso na lata!


Tomou ou quer com força?

1 de abr. de 2009

movimentos sociais (bocejo)

Só vou passar o link do blog da Mary W. (atenção para inicial de sobrenome diferente, não sou eu!).

Li, bati palminhas de satisfação. Queria que ela escrevesse um livro sobre isso, eu diagramava, publicava, pagava a gráfica e ia distribuir nas ruas. Quando li na segunda vez juro que dei gritinhos.

(tá difícil de linkar, mas é o texto longo sobre a entrevista do Giddens, com a menina com a calcinha manchada na foto)

"E ontem eu fiquei pensando muito nisso. De como os movimentos sociais se apropriam de bandeiras. E de como alguns grupos se apropriam dos movimentos. E volta aquela discussão, que é caríssima pra mim. De que os movimentos sociais não existem de fato, seriam uma construção da sociologia."


clap, clap, clap.