27 de jan. de 2010

Chiquitita

"No meio do caminho tinha uma pedra..."

E essa pedra na minha vida chama trabalho. Ou, melhor, a forma como eu encaro o trabalho. Como a minha relação com o trabalho ainda não está bem definida e ando numa crise séria de relacionamento, com todos os contornos de novela mexicana (a traição, o outro, a indiferença, o vilão, a choradeira), meu estômago está revirado e acabei passando o fim de semana bem uóóó.

Mas, encontrei uma ótima companhia. Estou enlouquecida por Chiquinha Gonzaga. Já gostava, mas não tanto quanto agora. Talvez tenha um pouco a ver com o feriado carnavalesco que eu e Mary V. teremos no grande Rio de Janeiro...

Pensei em fazer a piriguety do funk, a Helena do Manoel Carlos, mas agora quero fazer a Chiquinha no passeio público! Pois ela foi uma mulher maravilhosa, filha de mãe negra em uma época de racismo declarado, culta, divorciada e com mais de 50 anos se apaixonou por um adolescente.

Pianista, aprendeu a tocar violão no navio de guerra de seu primeiro marido, que tinha ciúme dela com a música. Primeira regente mulher e dona da primeira composição feita especialmente para o carnaval: "Ó Abre Alas".

Na madrugada de hoje, depois que parou de chover, saiu uma lua linda entre as nuvens, e eu ouvi "Sedutor" pelo computador, e achei que foi a música mais bonita já criada. Tá certo que logo encontro outra (deixa eu voltar a ouvir Beyonceeeeeeeeeee!!), mas por enquanto me contento em pedir proteção à Mestre Chiquinha das Mulheres Desesperadas!
Ajudai, mamita!

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